segunda-feira, 5 de julho de 2010

Menina Novinha



Quem é aquela que passa balança e disfarça o rebolado de lado sem pensar?
É uma menininha, talvez meiguinha ou com pinta de estrelinha que segue a caminhar.
É a novinha quietinha, novinha espuletinha ou apenas uma mocinha que pensa ao andar.


Pode ser primavera, verão, tormento, vento e imensidão.
Pode ser problema no ar, som ao cantar ou só imaginação.
É ela a novinha sem meias palavras, novinha que anda pela estrada,
novinha sem meia corda, apenas aquela que roda ao dançar.


É encrenca na certa ver como ela dispersa o olhar que atravessa sua roupa ao encarar.
É um vestido rodado que vem do alto do serrado com o forro riscado prestes a enfeitiçar.
É calor, emoção, é sentimento em vão ou apenas a tentação que vem sem controlar.


Nos olhos de quem vê, deixa tudo tremer, olhando suas riscas perfeitas passar.
É tenso o momento que se rende ao tormento de ver essas formas se deslocando para o mar.
Complicado entender tanta beleza que se vê, deixa tudo turvo sumindo no ar.


Ela é novinha, a novinha que passa e de longe embaça as lentes claras dessa gente a encarar.
No seu jeito faceiro faz o homem ficar ligeiro e as mulheres sem peitos de tanto a invejar.
É essa a perigosa, aquela que esnoba, faz história sem prosa e tira até meu olhar.
Um pedaço de menina que brilha e fascina sem medo e sem mentira todos que possam a enxergar.


Gisele Marques

Nenhum comentário:

Postar um comentário